quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Dream a little dream of me...

A madrugada natalina foi um tanto conturbada pra mim. Não pelas brigas costumeiras, típicas da ceia de natal, ou pelo desgaste que é preparar durante horas (dias, talvez) um jantar que será comido em um tempo ínfimo... As emoções desse Natal ocorreram durante meus sonhos.
Ainda não sei se isso foi um presente ou um castigo, porém, durante as poucas horas em que estive dormindo, sonhei sonhos (com o perdão da redundância) que desejei por muito tempo. A iminência de reencontrar uma amiga que está distante, uma viagem pela qual sonhei por muito tempo... E aquele...
Estava lá, envolta em uma felicidade tão grande, tão tátil, que me dei conta de que só poderia se tratar de um sonho... E me forcei a acordar... Afinal, não me lembro de ter tido permissão para sonhar desse jeito, ora bolas!
E eu acordei com uma angustia aterradora. Eu sabia que a felicidade abundante tinha seu fim ali. E me descobri poeta. Comecei a imaginar que enfim encontrei o fingimento do poeta (salve Pessoa!), ainda que as avessas. Fingi ser felicidade a felicidade que deveras senti. E acabei encontrando a dor...
Me levantei rezando para que sonhos como esses nunca mais ocupassem meu sono, desprezando o fato de que eles foram pedidos meus. E de que eles invariavelmente retornarão.
Os abraços, os beijos, os sorrisos, as batidas aceleradas do coração, estarão lá . Pra me lembrar mais uma vez de que o sentimento é único. Que eu não preciso que ninguém o compartilhe comigo. E que eu nunca o esqueço.


FIM!

Ps:. Devo agradecer ao meu pai por ter me fornecido a melhor trilha sonora de sonhos jamais imaginada. Se não fosse você, Nat King Cole não estaria me oferecendo suas melhores canções...

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