Hoje, no caminho para Niterói, tive a ilustre companhia de um bebezinho de quase um ano chamado João. A primeira coisa que ele fez quando sentou no colo de sua mãe, foi sorrir para mim. E eu retribuí. Um gesto tão simples traz tanta felicidade...
E como se ele soubesse que eu estava me sentindo mal, pulou para os meus braços. Fiquei em choque diante daquela reação, mas logo depois, pedi a mãe dele que ele ficasse comigo durante o trajeto. Ela sorriu e disse que o filho nunca tinha feito aquilo e que sim, eu poderia ficar com ele, até que uma das duas tivessem que saltar.
Daí por diante, se sucederam um dos melhores quarenta minutos que já passei na minha vida. João e eu brincávamos o tempo todo e constantemente recebia um abraço daqueles de nenem, bem gostosos. Outras vezes ele gargalhava e eu gargalhava junto. Enquanto isso, a mãe me contava a rotina de seu filho.
Quando vi meu ponto de ônibus se aproximar, fui me angustiando. Não queria deixá-lo de jeito nenhum, mas por medo de me acharem louca, entreguei a criança de novo para a moça do meu lado, coloquei a mochila nas costas e desci do ônibus.
Já não estava mais nem querendo imaginar quantos "Joãos" iam me deixar pelos pontos de ônibus por aí, quando vi alguém me chamar. E lá estavam os dois. Sentados do lado da janela, me mandando beijos. E eu comecei a rir novamente. E achei que tinha valido a pena.